quinta-feira, 16 de abril de 2015

Medo de quê?

Então chega uma nova mensagem no meu celular. É ele. Me convidando pra sair. Não respondo imediatamente, primeiro penso se tenho algo marcado com alguma amiga. Me pergunto se vou à casa da minha mãe lhe fazer uma visita. Do meu pai. Nada, não tem nada marcado.

Depois de 15 minutos eu respondo positivamente deixando de lado, lá no fundo do meu inconsciente, que eu jamais teria algo marcado com alguém se não fosse ele me convidando pra sair. Acho que ele sabe disso porque toda vez é a mesma história, mas no final nós dois sabemos que a resposta será "ok, vou te esperar".

É muito infeliz ser sozinha, entende? Chegar na sexta-feira à noite e você abrir uma garrafa de vinho mas não ter com quem dividir. Não vale chamar ele, já que nossos encontros são sempre três vezes na semana e sexta não inclui na rotina. É muito infeliz chegar perto da hora de dormir e apenas tomar banho e ler um livro até o sono chegar, e não ter ninguém pra dizer "boa noite, até amanhã".

Esse amanhã me parece tão longe quanto meu aniversário, tão futurista quanto a ideia de comprar meu próprio apartamento.

Eu respondo "sim, vou te esperar", mas não que eu seja fácil ou alguma idiota. Não que ele me tenha nas mãos ou que eu não tenha amor próprio. Todo esse drama sem sono e que nunca dorme é só medo de ficar sozinha. E só quem já se sentiu sozinha mesmo rodeada de pessoas vai entender o que tô falando.

- Ok, vou te esperar.





Thais gentile.

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