Como ano de vestibular é ano decisivo, é natural que haja no candidato stress, insônia, desespero, hormônios a flor da pele ou tudo isso junto. Até mesmo aquele aluno que sabe que estudou o ano todo fica nervoso, mas sem dúvida, não tem sensação melhor que escutar o nome na rádio superando todos esses obstáculos.
Engraçado que quando há um comprometimento da parte da pessoa, todo aquele sacrificio durante o ano por perdas de festas, saídas, namoro e etc vale tudo a pena. Eu lembro que quando entrei no Equipe no 1 ano, minha vida era basicamete 15 anos todo final de semana. Nós colhemos o que plantamos; se plantamos coisas boas,certamente colheremos algo bom, caso ao contrario, as consequências virão. Como minha vida se resumia em um "mundo cor-de-rosa", o resultado não foi dos melhores.No 2 ano quando fui pro Olimpus, fiz novas amizades, conheci meu primeiro namorado, fiquei muito amiga dos professores, mas não tive pulso pra estudar de verdade. Uma vez eu estava no shopping e encontrei com o Hélio (um dos donos do Equipe) e eu disse "Hélio, to me esforçando pra voltar pro Equipe ano que vem" e ele respondeu "o Equipe vai estar de portas abertas pra te receber". E de fato esteve.
Eu nunca fiz escolha melhor que ir pro Equipe e quando a gente erra, a coisa mais sensata é consertar e erro. E foi isso que eu fiz.
Tive um apoio muito grande da minha prima, Tainah Ratis, que fez cursinho no Equipe durante dois anos e agora está no Physics, mas ela diz que sua base foi lá. Todo mundo sabe que convênio é difícil devido a quantidade de matérias do 1, 2 e 3 ano, mas incrível como a competência dos professores e da orientaçao pedagógica, não se atrasa conteúdo.
É estressante, é chato, da preguiça, da vontade de desistir, de sair pelo enos um final de semana com amigos, de beijar na boca. Senti tudo isso, mas quando saiu meu nome na rádio no curso que eu queria, Jornalismo, parecia mentira, parecia que no meu estômago estava acontecendo alguma mistura que a qualquer momento iria explodir através de um grito. O grito da Vitória. A Unama lançou o listão com o nome dos aprovados e suas respectivas colocações e lá estava eu, em 2 lugar em Jornalismo!
Foi então que percebi que se eu não tivesse tomado uma decisão para meu futuro, nunca iria sair daquela vidinha fútil. Acontece que o tempo passa muito rápido e as oportunidades são únicas, então raciocinei que enquanto meu pai estivesse vivo com condições de pagar uma boa escola, eu iria agarrar essa oportunidade com unhas e dentes.
Virei noites estudando, tomei pó de guaraná, deixei de ir pra festas, para a casa das minhas amigas, pro cinema, pra boate. Dei tudo de mim, me comprometi comigo mesma e acredite, funcionou. No final eu queria dar um orgulho incomparável para meus pais, que dedicaram tanto tempo e tanto dinheiro investindo em mim. E minha colocação estava ali, com 97,5 na redação valendo 100 pontos! (lembrando que não fiz curso de redação esse ano).
Elogios vieram de graça; conssegui me superar, consegui provar pra mim mesma que sou capaz de passar em uma universidade particular e públia, então que venha a Federal.
Eu quero agradecer primeiramente a Deus pela sabedoria que Ele me deu, acreditei nele assim como Ele acreditou em mim. Quero agradecer a minha mãe, que muitas vezes deixou de pagar alguma coisa pra ela para pagar uma aula particular pra mim, pelas vezes que ela não deixou eu desistir, agarrou-me pelos braços e ordenou que eu fosse forte. Ao meu pai pelas "converas do futuro" que tínhamos, sempre deixando claro que iria apoiar minha decisão seja ela qual fosse. Quero agradecer em especial ao professor Hélio Castanheira, por seus conselhos filosóficos, sobretudo porque ele foi uma das pessoas que mais apostou na minha vitória. A minha prima Tainah Ratis, porque me espelhei nela para estudar até aos domingos enquanto meu celular não parava de tocar. As coordenadoras do Equipe, Bianca Reis, Adria Figueiredo e Roberta Elluan, que disse no começo do ano que eu estava voltando pra ESTUDAR e por fim, quero agradecer a mim, pelo meu esforço, dedicação e pela capacidade que eu descobri no dia do resultado que tinha e por todas as minhas amigas que disseram "(...) não, nada de sair, vai estudar, vestibular ta chegando, é so esse ano, ano que vem estás livre".
O Equipe foi, é e sempre vai ser uma marca registrada na minha vida, porque quem estuda, mas quem estuda de verdade, não finge, passa por lá e eu não estou nem aí pra quem diz que eu "endeuso", endeuso mesmo porque só quem estuda lá sabe do que eu estou falando. Pra mim não tem preparação melhor, portanto, em todas as oportunidades que eu tiver, vou falar bem do meu colégio que na verdade é uma famíia, porque as diretoras sabem praticamente todos os nomes dos alunos.
E repito: o Equipe foi fundamental nos meus pensamentos e das minhas idéias de hoje, do agora. Aluno Equipado sempre vence, adivinhe porquê...
adorei! parabens
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